domingo, 30 de maio de 2010

Julgamentos II



“ Havia numa aldeia um velho muito pobre que possuía um lindo cavalo branco.
Numa manhã, ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira e logo os amigos disseram ao velho:
- Mas que maldição, seu cavalo foi roubado!
E o velho respondeu : - Calma, não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está mais na cocheira. O resto é julgamento de vocês.
As pessoas riram do velho; quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou. Ele havia fugido para a floresta. E não apenas isso; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo. Novamente, as pessoas se reuniram e disseram : - Velho, você tinha razão, não era mesmo uma maldição, e sim uma bênção. E o velho disse: - Vocês estão se precipitando de novo, quem pode dizer se é uma bênção ou não? Apenas digam que o cavalo está de volta...
O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens, apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas e as pessoas se reuniram mais uma vez, e se puseram a julgar: - E não é que você tinha razão, velho? Foi uma maldição seu único filho perder o uso das pernas. E o velho disse : - Mas vocês são mesmo obcecados por julgamento, hein? Não se adiantem tanto, digam apenas que meu filho fraturou as pernas, ninguém sabe ainda se isso é uma maldição ou uma bênção...
Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar, menos o filho do velho.
Quem é obcecado por julgar cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informação, o que o levará a conclusões precipitadas.
Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina outro começa, quando uma porta se fecha outra se abre."

Que possamos superar esta triste necessidade de julgar, para que juntos consigamos ter consciência da delícia que é deixar que as coisas novas e boas aterrisem suavemente em nossas vidas...
Um beijo enorme no coração de cada um! =)
Sema

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